CASE DE SUCESSO: Isdralit

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27 de outubro de 2020

CASE DE SUCESSO: Isdralit

27 de outubro de 2020

Trabalhamos com grandes empresas, realizando um serviço referência no mercado para que todos tenham toda a praticidade e segurança que podemos oferecer. Uma delas é a Isdralit.

A Isdralit é uma indústria tradicional na produção de telhas de fibrocimento, situada em Curitiba, com uma planta composta por diversas subestações localizadas em posições estratégicas ao longo de sua área de produção, possuindo uma carga instalada próxima a 5 MVA.
Somos seus fornecedores de serviços de engenharia a mais de 20 anos, onde executamos desde projetos, montagem de subestações, cubículos, painéis, alimentação de máquinas e manutenção de todo o sistema ao longo do tempo.

Em determinada época a empresa decidiu montar uma usina geradora de energia elétrica, com três grupos motores geradores, com sistema de comando automático utilizada para fornecimento de energia no horário de ponta (comum nesta época), e com sistema de emergência para o caso de falta de energia da concessionária.

O sistema foi composto por três grupos motores geradores a diesel que geram energia em 480V. Estas máquinas alimentavam três transformadores que elevam a tensão para 13.800V. A partir destes transformadores, o sistema alimenta um cubículo de transferência automática com dois disjuntores em média tensão de onde saem os cabos que alimentam as diversas subestações. Este cubículo de transferência comandado por uma sistema automático, decide se a alimentação virá da concessionária em condições normais da usina geradora nos horários pré estabelecidos ou em casos de emergência e manualmente em casos específicos de teste ou de manutenção da subestação de entrada.

Para que esta usina fosse implantada foi necessário alterações significativas na subestação principal e no sistema de proteção. As atividades iniciaram com estudos de como o sistema seria implantado dentro da estrutura existente, execução e aprovação do projeto junto com a concessionária local e desenvolvimento do projeto do sistema de proteção. comando e transferência. Estes projetos incluíam alterações na infra estrutura civil, montagem da usina e alterações na parte elétrica de subestação de entrada.

Projeto aprovado, iniciamos a obra, coordenando a parte civil com a colocação dos grupos motores geradores em suas respectivas bases, montando os cubículos e conectando os cabos. Com o início das alterações da subestação em função das mudanças do sistema de proteção, sentiu-se a necessidade da mudança de local da proteção e por consequência a mudança de uma parede para que se atendesse as necessidades do projeto.

Em função da necessidade da empresa de acelerar o cronograma por conta de atrasos da parte civil, nos foi solicitado que para antecipar o funcionamento da usina, energizássemos o sistema sem a proteção, tendo a falsa impressão de que problemas graves na instalação elétrica dificilmente aconteceriam, e que ficaríamos no máximo uma semana sem o sistema de proteção correto. Levando-se em conta as Normas de Saúde e Segurança do Trabalho, preservação da vida e a segurança do patrimônio, itens fundamentais de qualquer atividade a ser executada na área elétrica, a DPM negou-se a executar o serviço desta forma.

Após algumas considerações com a área administrativa e técnica onde explicamos claramente, que apesar de estatisticamente termos um caso raro, se acaso ocorresse alguma coisa, as consequências seriam graves e não executaremos desta forma. Atendendo a nossas reivindicações chegou-se a um consenso que os serviços seriam executados da maneira segura e correta conforme programado inicialmente.

Tudo acertado e executado conforme o projeto, realizamos os testes e comissionamento e programamos a transferência do sistema antigo para o sistema novo, colocando a usina pronta para funcionamento numa noite/madrugada de domingo para segunda feira, atendendo às solicitações da área de produção da fábrica, evitando assim paradas indesejadas.

Iniciamos os serviços correspondentes a parte final da obra por volta das 20:00h do domingo, e próximo às 02:00h da manhã de segunda feira estávamos com os serviços concluídos e o sistema energizado através do cubículo de transferência. Os colaboradores fizeram a inspeção final e todos os testes checando o correto funcionamento do sistema, juntaram as ferramentas, limparam o local e levaram os equipamentos até os carros, quando ouviram um ruído alto como uma explosão.

Todos saíram do carro com calma, pegaram equipamentos de teste e voltaram a usina de onde parecia ter vindo o ruído. Analisando o que poderia ter acontecido e confirmando que o sistema estava desligado, constataram que um dos transformadores de potencial (TP) de média tensão com isolação em epóxi do cubículo havia explodido.

Analisaram o que podia ser feito para restabelecer o sistema com segurança e retiraram o TP. Refizeram o barramento, desligaram a usina e reenergizaram o sistema através da concessionária, para que a empresa conseguisse funcionar normalmente no dia seguinte. Revisaram o sistema, e vendo que estava tudo funcionando deram por encerrada as atividades.

No dia seguinte o encarregado da empresa ligou cedo para o fornecedor do cubículo e depois bastante preocupado com o ocorrido foi até o cubículo que encontrava-se energizado. De alguma forma conseguiu abrir uma das tampas para verificar como estava o sistema, e num momento infeliz acabou tocando em um dos barramentos energizados. Isto provocou uma descarga elétrica no encarregado da empresa, este com mais de 25 anos de experiência na área de produção e manutenção. A energia foi desligada de imediato através do sistema de proteção instalado e parametrizado dias antes.

A pessoa que levou a descarga foi hospitalizada. Recuperou-se em um prazo relativamente curto e continuou trabalhando ainda por um longo tempo na mesma função com muito poucas sequelas. Toda esta situação nos trás claro a necessidade de serviços com qualidade. O atendimento a normas técnicas e de segurança são fundamentais.

Eu posso afirmar que esta história, apesar do acontecido, ainda trouxe um final que nos garante que a competência com que trabalhamos são as garantias fundamentais para a vida humana, confiabilidade técnica e segurança das empresas que nos escolheram como fornecedores.